Neste arrabalde que come
Pelas beiras a cidade
Os mortos aprofundam
Seu processo de se tornar de novo
A terra vermelha que Deus criou
E com suas mãos formou
Nosso primeiro ancestral
Adão, o homem de barro
Entre as veredas que desce
A gente que comemora Finados
As crianças que se cansam de andar
E se sentam na beirada dos túmulos
Abrindo um pacote de Trakinas
E um suco artificial de morango
Igor Zanoni