O homem do tempo
nunca anuncia
Uma primavera de
luz que dure eternamente
E que faça meu
coração serenar
Anuncia o que
sabemos o tempo vário
Sol chuva frentes
frias em sucessão
Primaveras
amarelas do pólen dos arbustos
O homem do tempo
ocupa um pequeno espaço
No jornal
Entre notícias
políticas e de acidentes
Nada que eu tolere
muito bem
Notícias inúteis
neste mundo tosco
Homem do tempo
você parece
Um comercial de
guarda-chuva ou de sabão
Para mim nada de
valor
Nem você nem o
jornal nem a tevê
Igor Zanoni