é claro na rua as coisas acontecem
às vezes é perigoso
mas sempre há esse marulho de vozes
cheiros de suor cigarro álcool
também perfumes do Boticário
e os gestos que os braços as pernas
um jeito de mover a cabeça
interessantes pelo menos curiosos
a moça do caixa quer ir embora almoçar
o rapaz que cobra minha passagem
dobrou sua hora para fazer extra
a conversa se dá por setores
a livraria o restaurante o ponto o banco
raio de cidade que tão mal dividida e parida
fez essas pessoas sem as quais não passo
Igor Zanoni
Nenhum comentário:
Postar um comentário