estou cantando meus últimos sutras
como um meditador apaixonado
pelo espírito do zen
leitor de hippies americanos
que se tornaram monges e antropólogos
entre montanhas
e o amor sobre
fogueiras distantes
no deserto do meu país que sumiu
por estradas repletas de frangos contaminados
e etnias redescobertas graças ao agrobusiness
faminto de comida para a China
faminta de novas forças produtivas e de fé
canto em Curitiba sonhando com Cartagena
com a casa de Gabo e com os últimos dias de Simon Bolívar
enquanto digo a tantos jovens companheiros
cada um seja um espaço para o outro
mantenham a compaixão do stárietz Zósima
respirem todo ar na posição de lótus
não entrem no reino do informe
prestem atenção no Buda que todos somos
enquanto estamos nesta vida e podemos praticar
o Dharma
Para Demian Castro
Igor Zanoni
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