Na primeira vez que fui a Itapira conheci meus
sobrinhos Tom, filho da Ivone, e Vicente, filho da Mônica. Eles tinham uns
cinco anos ou um pouco menos. Havia uma rixazinha entre ele, o Tom era mais
atirado e cheio de iniciativas nem sempre muito apreciadas pelo outro, mais
retraído e menorzinho. Brinquei muito com ambos, joguei futebol com eles e o
Edivaldo, pai do Vicente, e sob uma tempestade, na rua, com o Tom. Quando este
dava um refresco, eu tomava dúzias de sorvetes com o outro, naquele calor nada
curitibano de Itapira. Vicente parecia um pouco carente e quietinho e eu brinquei
muito com ele, sempre que ia até lá. Mas há um tempinho não vou, e ambos estão
com uns quatorze anos. Ontem liguei para a Mônica, mas como ela estava ocupada
bati um papo com o Vicente perguntando como ia sua vida. No final eu disse: Tchau
então, um beijinho! E ele respondeu com a voz mudada de adolescente:
Falooooouuu! Tio coruja só muda de endereço.
Igor Zanoni
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