amar é um duro mandamento
uma sombra nos incomoda
mal surge no caminho
e alguns amamos e não amamos
a ternura o carinho o cuidado
são imperativos que só por vezes assumimos
os muito amorosos vivem seus êxtases
tornam-se santos místicos poetas deíficos
o Mestre Dogen preferia: “não ódio”
quanto ódio no barril de pólvora cotidiano
queria ser claro radiante calmo
uma pérola sobre o seu colo
mas como despir-me
como encontrar a serenidade
eu turvo e insuficiente
não posso ser nem meu nem seu
e me dar assim a você
e a mim
Igor Zanoni
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