sonhos revelam um homem
para o qual o tempo não passa
os pais os amigos antigos vivem para sempre
os lugares da infância
a casa velha os incidentes vividos
se repetem com liberdade
à sua maneira
eu pouco sei desse homem que não morre
mas se refaz como deseja
o ser que comanda os sonhos
tenho medo de revelar a mim
essa absurda teia imperecível
e deixando a fímbria clara do dia
mergulho no pesadelo
escondido mas presente
que me espreita mesmo acordado
e está aqui ainda que velado
por meu parco controle sobre minha alma
Igor Zanoni
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