a que compararei você?
a um vinho insinuante
que sem aviso inebria?
ao cálice que o contém
translúcido cristal
onde a luz da sala se reparte
arco-íris dos
do amor perdido?
límpido cristal que sem aviso
se parte
cacos que me dilaceram o pulso
o sangue que alegre brilha
meu rosto entristecido
de dias vãos e padecimentos idos?
Igor
Zanoni
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