Podemos, e muitas vezes fazemos isso, pensar o
cristianismo como um rol imenso de dogmas, crenças, hierarquias, poder,
acumulados ao longo do tempo, afastando-nos da mensagem originária do Reino dos
Céus, proclamada por Cristo, e que na essência é vida para todos, vida em
abundância. Também podemos, e muitas vezes fazemos isso, tomar uma religião
doce como o budismo, em suas múltiplas vertente, como o mensageiro de uma
verdade que em grande medida se resume a que a vida é um oceano de sofrimento,
e o nirvana o fim desse sofrimento, ao mesmo tempo o fim da vida, sua (nossa) extinção. Tudo isso cabe bem a pessoas
cheias de misantropia, tristes, profetas de uma salvação sombria. Todo o tempo
precisamos reconsiderar tudo isso, reconsiderar Cristo e Buda, reinventar, com
alegria, o espírito que um dia eles trouxeram. E viver então nesse espírito, o
Espírito Santo.
Igor Zanoni
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