Quando a aurora de róseos dedos
Entrou pela janela
Eu ainda me entregava aos sonhos
Sem querer despertar de todo
Os sonhos eram coerentes
Tranquilizantes
Eu me sentia esplêndido
Navegando em mares serenos
Uma taça de rubro vinho
Ou duas quem sabe mais
Deram-me uma noite esplêndida
Mas agora eu tinha de viver
O cotidiano dos que vem e vão
Na vida plena dos desejos dos deuses
Eles não poupam seus filhos
Antes ordenam que sigam por aqui e por ali
E que não se percam como Ulisses
Nas ilhas solitárias
Ou nas ruas cheias de curitibanos
De aqueus e dublinenses
Igor Zanoni
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