Desde a colisão que criou nossa lua e a colocou em órbita da terra, há um afastamento progressivo entre os dois corpos celestes. Hoje a lua se afasta da terra cerca de uma polegada e meia por ano, e prosseguirá assim até deixar totalmente a orbita da terra, inclusive inviabilizando a vida na terra que a lua ajuda a manter. Podemos pensar que o céu está longe de ser perfeito como pensava Aristóteles, isso se sabe pelo menos desde Galileu com sua descoberta das manchas do sol e das crateras na lua. Mas podemos avançar nessa ideia e pensar que tudo no céu é mediado pelo tempo, que nada no firmamento é eterno ou perene. O sol também, daqui a três bilhões de anos, se transformará em uma grande estrela vermelha cuja gravidade engolirá os planetas próximos. A natureza é imperfeita, mutável e tende toda ela a perecer. É curioso pensar nisso e ver como se torna difícil pensar em eternidade, vida eterna, etc. Nada é eterno.
Igor Zanoni
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