quarta-feira, 13 de maio de 2020

Morrer fácil


As galinhas morrem fácil, diz a anedota. Mas nós também morremos à toa. Nessa pandemia, morremos aos milhares no mundo, de um dia para outro.  Mesmo sem ela, morremos a todo momento, de susto, de bala e vício. Setenta são os anos dos homens, diz a Escritura, alguns vão além, muitos não chegam a isso. Quando lemos qualquer ciência, ou literatura, ou filosofia, temos logo de ver se o autor que temos em mãos está vivo. Em geral só lemos gente morta. Pelo menos possamos morrer em paz, para ter com sorte uma eternidade pacífica.

                                                             Igor Zanoni

Nenhum comentário:

Postar um comentário