O sono não confina com a morte
Antes nas percepções do sonho
Encontramos a nossa metafísica
Como se algo em nós fosse esquecido
E algo mais vital assumisse a sua vez
Como outros e os mesmos
Ali vivemos e desejamos
Estamos ausentes e presentes
Algo dorme, mas não percebemos
Vivemos e nesta outra vida há outros sonhos
Como uma espiral tecida
Entre desejos e decepções
Estamos ali mais mais intensos
Mais próximos de nós
E nos surpreende acordarmos descansados
Depois de tanto empenho
Lutas aflições e saudades recuperadas
No retorno das coisas que compõem a vida
E é sono e vigília em um arco
Que vai e que volta
Igor Zanoni
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