talvez eu não
escreva mais
por mim mas sempre
escreverei por
você
quando meus olhos
já não virem muito do dia
terei sempre visto
o dia primordial
uma manhã e um anoitecer
quando a casa cresceu
entre suspiros e
perfumes
e um pacífico desdenhar
das notícias e
tumultos vãos
em outro país
longe do nosso
deste país que
quase não vivemos
mas no qual por
acaso
você foi minha
bandeira
eu fui teu másculo
mastro
Igor Zanoni
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