Pós-modernidade
Eu nunca entendi muito o conceito de pós-modernidade. Lyotard, o primeiro a desenvolvê-lo, nos anos setenta, seguido de muitos, bastante diversos, que na época eram chamados apenas de “novos filósofos” e não de filósofos ou pensadores pós-modernos, ligava-o ao fim da crença no progresso e ao colapso das “grandes narrativas”. Mas a crítica e a descrença no progresso burguês e no papel civilizatório do capitalismo vêm de muito antes, remontando pelo menos a Marx, Nietzsche e Freud, três interlocutores de Foucault, a meu ver um dos mais necessários pensadores do século XX, ao lado de Deleuze, cuja compreensão demoraria muito tempo a acontecer segundo o próprio Foucault. Mas alcança toda a escola de Frankfurt e muitos pensadores atuais com raízes no marxismo, como Zizek e Meszaros, entre outros. Por outro lado, muitos regimes políticos comandam nações que tem se projetado e equilibrado os pratos do poder internacional apostando no progresso e na força da produção mercantil desenvolvida em termos de um capitalismo com centros de decisão internalizados, exemplo notório da China, e em menor medida de outros países emergentes, como o próprio Brasil. Grandes narrativas como o marxismo estão vivas pelo menos em todos os autores acima, e não deixam de inspirar, pelo menos em certa medida, estes países. O capitalismo não é uma grande narrativa morta, mas que precisa ser combatida de forma mundial e organizada para a sobrevivência da humanidade e do planeta. O socialismo ainda é seu melhor crítico, ao mostrar que o capitalismo não pode ser salvo de seu poder destrutivo. Se fosse uma narrativa morta, não haveria tanto interesse em fazer da teoria convencional sempre renovada na aparência, mas não na essência, em economia e outras ciências sociais, um modelo por exemplo para as escolas brasileiras, uma erudição copiada e socialmente inconsequente dando mais status ao status quo. Afirma-se que o pós-modernismo é diversificado, às vezes que é quase inefável, pois quem se dissesse pós-moderno já não o seria. Então do que estamos falando? David Harvey e Habermas, entre outros, falaram de um tempo pós-moderno, sem serem pensadores pós-modernos por isso, mas o precisaram nas estruturas de reprodução do capital e na sua restauração, o que é mais sério que falar da nova condição das pessoas como consumidoras e não mais produtoras, ou apostar na criatividade possibilitada pela tecnologia e outros temas confusos, prato de resistência de tantos “pós-modernos”.
Eu nunca entendi muito o conceito de pós-modernidade. Lyotard, o primeiro a desenvolvê-lo, nos anos setenta, seguido de muitos, bastante diversos, que na época eram chamados apenas de “novos filósofos” e não de filósofos ou pensadores pós-modernos, ligava-o ao fim da crença no progresso e ao colapso das “grandes narrativas”. Mas a crítica e a descrença no progresso burguês e no papel civilizatório do capitalismo vêm de muito antes, remontando pelo menos a Marx, Nietzsche e Freud, três interlocutores de Foucault, a meu ver um dos mais necessários pensadores do século XX, ao lado de Deleuze, cuja compreensão demoraria muito tempo a acontecer segundo o próprio Foucault. Mas alcança toda a escola de Frankfurt e muitos pensadores atuais com raízes no marxismo, como Zizek e Meszaros, entre outros. Por outro lado, muitos regimes políticos comandam nações que tem se projetado e equilibrado os pratos do poder internacional apostando no progresso e na força da produção mercantil desenvolvida em termos de um capitalismo com centros de decisão internalizados, exemplo notório da China, e em menor medida de outros países emergentes, como o próprio Brasil. Grandes narrativas como o marxismo estão vivas pelo menos em todos os autores acima, e não deixam de inspirar, pelo menos em certa medida, estes países. O capitalismo não é uma grande narrativa morta, mas que precisa ser combatida de forma mundial e organizada para a sobrevivência da humanidade e do planeta. O socialismo ainda é seu melhor crítico, ao mostrar que o capitalismo não pode ser salvo de seu poder destrutivo. Se fosse uma narrativa morta, não haveria tanto interesse em fazer da teoria convencional sempre renovada na aparência, mas não na essência, em economia e outras ciências sociais, um modelo por exemplo para as escolas brasileiras, uma erudição copiada e socialmente inconsequente dando mais status ao status quo. Afirma-se que o pós-modernismo é diversificado, às vezes que é quase inefável, pois quem se dissesse pós-moderno já não o seria. Então do que estamos falando? David Harvey e Habermas, entre outros, falaram de um tempo pós-moderno, sem serem pensadores pós-modernos por isso, mas o precisaram nas estruturas de reprodução do capital e na sua restauração, o que é mais sério que falar da nova condição das pessoas como consumidoras e não mais produtoras, ou apostar na criatividade possibilitada pela tecnologia e outros temas confusos, prato de resistência de tantos “pós-modernos”.
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