nós, garotos, sabíamos não interromper um adulto
falando, respeitar os mais velhos, sempre que possível ser obediente, lavar
atrás da orelha, manter as unhas limpas, não brincar com os vizinhos mais
pobres, não apoiar os cotovelos na mesa, não convidar um amigo para almoçar em
casa sem avisar antes a mãe, levantar o braço quando se queria falar com a
professora, não dizer palavrões, fazer exercícios de caligrafia para ter uma
letra grande e redonda, não perder uma oportunidade de ficar calado, e muitas
outras regras de civilidade que nos permitiam sobreviver entre adultos
imprevisíveis, ainda que “gostassem” de nós.
Igor Zanoni
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