está escrito: “os corpos se entendem, mas as almas não”.
mas há um mínimo de compreensão que a alma precisa comunicar ao corpo para que
ame outro, o desejo é outra razão, mas não há porque chamá-lo desrazão. deve
haver um hiato na incompreensão no qual os lábios soprem: “ eu pertenço ao
cosmo que é você e que precisa me incluir para ser inteiro, para ser cosmo”. e
que não distinga entre corpo e alma, siga adiante para descobrir a obscuridade,
ou recobrir o sabido e mudá-lo por outro, para o qual a palavra saber nem
caiba, lacrado pelo que nos cercou e invadiu todo o tempo. é necessário ser
fechado como eterno botão que envelhece nesse lacre, é preciso ser intermitente,
interrompido, interdito?
Para R.
Igor Zanoni
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