O amor sempre responde a determinadas condições e expectativas. Ele é sempre condicionado, e quando parece falhar, só o prolongamos tornando-nos atores ou adquirindo outras figuras. O jovem amante se torna o trabalhador previdente, este se transmuta no companheiro de uma vida, se tudo corre bem. Os santos possuem, entretanto, um amor incondicional, mas pergunto para que este serve se o amor é chave de nossas limitações e por ele podemos nos dar a conhecer. Um amor acima dos homens é um amor desumano também. Nossas vicissitudes devem ser preservadas até certo ponto, quando ele se torna infelicidade, porque mostra nosso ser no mundo. Antes de buscar transcender, se isso é desejável, nossa vida, cabe aceitá-la e examiná-la . Este exame não pode ser feito sem o diálogo, é uma relação de exposição de si e de espera do outro. Talvez possamos definir os santos como aqueles que sabem esperar, os que são pacientes, os que procuram a paz na vida comum.
Igor Zanoni
é bem provável...
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