sexta-feira, 20 de julho de 2012

Anarquismo


A maior parte das pessoas, segundo penso, não convive por sentimentos como o amor ou a amizade, mas por falta de independência e de reponsabilidade própria, ou porque sozinha não teria um objeto adequado para seu ódio. Toda casa é um jogo de tensões e a busca do equilíbrio entre elas torna a convivência uma rotina triste, de onde se escapa por uma ou outra porta, mas apenas por certos períodos. Um vai à Igreja, outro tem uma amante, um terceiro trabalha sem parar e assim por diante. Falo das pessoas que aceitam regras da sociedade e decidem seguir a maioria delas, não de resíduo que sempre há em cada agrupamento humano dos que não aceitam regra nenhuma e são marginais por convicção ou índole. A sociedade não responde a quase nenhum propósito elevado, não torna ninguém melhor ou mais feliz do que esses marginais. Deveríamos ter coragem para enfrentar isso e fundar desde nosso interior novas regras. O nome geral dessas novas regras ou anti-regras é anarquismo.  Como disse um amigo, o mundo só será salvo pelo anarquismo, como algo belo, íntimo, profundamente pessoal e ao mesmo tempo coletivo.


                  Igor Zanoni

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