terça-feira, 22 de setembro de 2015

Ativismo



eu e o Francisco Inarra saímos em um comboio noturno do apartamento que dividia com Márcio na Plínio Barreto, a lado do Viaduto Nove de Julho, e rumamos para a Praça Roosevelt, mais tarde para a Praça da Sé, visitando confeitarias nas quais nos perdíamos entre as luzes e os doces coloridos, as luminárias da rua, luzes azuis no alto dos edifícios para os aviões, e entre tantas pessoas na cidade então segura e generosa. talvez tenhamos ido ao Brooklyn e visitado Tomoshige, já não sei. raras vezes uma viatura passava rente olhando nossos olhos mas deviam buscar outro tipo de suspeitos, não tardios hippies tranquilos s de cabelos claros e tão jovens. No dia seguinte tive uma prova de Filosofia Oriental com o monge Ricardo Gonçalves, então transitando do Zen para a Terra Pura depois de um período no Japão. defendi  que o Zen possuía outra lógica e uma concepção diversa do tempo e do espaço, e o monge foi generoso com minha impulsiva juventude, porque muitos dentre nós buscávamos um ativismo que visava nada menos que o cosmo.


Igor Zanoni

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