eu e o Francisco Inarra
saímos em um comboio noturno do apartamento que dividia com Márcio na Plínio
Barreto, a lado do Viaduto Nove de Julho, e rumamos para a Praça Roosevelt,
mais tarde para a Praça da Sé, visitando confeitarias nas quais nos perdíamos entre
as luzes e os doces coloridos, as luminárias da rua, luzes azuis no alto dos edifícios
para os aviões, e entre tantas pessoas na cidade então segura e generosa. talvez
tenhamos ido ao Brooklyn e visitado Tomoshige, já não sei. raras vezes uma
viatura passava rente olhando nossos olhos mas deviam buscar outro tipo de
suspeitos, não tardios hippies tranquilos s de cabelos claros e tão jovens. No dia
seguinte tive uma prova de Filosofia Oriental com o monge Ricardo Gonçalves,
então transitando do Zen para a Terra Pura depois de um período no Japão. defendi
que o Zen possuía outra lógica e uma
concepção diversa do tempo e do espaço, e o monge foi generoso com minha
impulsiva juventude, porque muitos dentre nós buscávamos um ativismo que visava
nada menos que o cosmo.
Igor Zanoni
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