ontem eu estava lendo um livro de Leonardo Boff e,
como sempre, admirando a sua lucidez, sua amorosidade, a aguda percepção que
ele tem de tantos problemas cruciais de nosso tempo. nestes dias que pesam como
chumbo sobre nós, com os milhões de pessoas que ignoram qualquer compaixão, são
autoritárias, violentas e incapazes de um raciocínio mais detido, fiquei
pensando no desperdício a que elas se propõem ignorando um pensador como
Leonardo Boff. mesmo se o lessem, seriam
incapazes de vibrar na nota de preocupação pelo ambiente, a globalização, a
espiritualidade, a forma de se articular da igreja e outros temas do grande
autor. será que ele se sente muito só quando escreve e quando expõe suas
ideias? para a grande maioria, ele passa despercebido, mas isso não aconteceu a
tantos que avançaram sobre sua época e se propuseram a pensá-la com lucidez e
carinho?
Igor Zanoni
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