sábado, 28 de novembro de 2015

Amar se aprende amando




separando-se  após um longo casamento, um amigo me disse que o pior para ele era uma relação com uma mulher que amara tanto e com a qual fizera tantos projetos tornar-se tão sem grandeza e tão indigna dos dois. no século XIII, Mestre Dogen escreveu que melhor que procurar o amor é buscar o não-ódio. o amor é um sentimento confuso e belicoso, e projetos não tinham sentido para um mestre como ele. o amor costuma ser violento e insiste em manter-se dentro de uma certa faixa de apelo emocional e stress, que julgamos ser um grande sentimento humano e uma grande realização pessoal, especialmente quando a religiosidade enfatiza o casamento como um vínculo indissolúvel próximo ao que une o ser humano a Deus. mas para o momento talvez o melhor mesmo seja começar por estabelecer paz nas relações e equanimidade, procurar o bem do parceiro sem fazer um projeto pessoal em que ambos se comprometam com um pensamento e um ideal obscuro, inclusive porque o pensamento mantém ilusões e propostas de ação que não damos conta. melhor a paz, paz para todos os seres, para que possam ser cosmos e não caos em sua interdependência. talvez isto seja um real aprendizado do amor, esse sentimento do futuro se tivermos todos mesmo um futuro.


                                                                                Igor Zanoni

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