sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Chuva


a vertigem desta chuva toda
sobre o bairro
suas telhas de eternit
o riozinho sujo que margeia
tantas casas
não sei como será depois da chuva
nada será como antes amanhã
a chuva não se parece nada
com as de anos atrás
apreensivo não posso contemplar
a rua as casas as pessoas
já não posso descansar no que sinto
já não posso repousar no que acontece
mal sei o que sinto
ou acontece  


                                                                Igor Zanoni

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