quarta-feira, 20 de maio de 2015

Mocinho

final do dia dívidas novas
devaneios que se bifurcam
em coração de impossibilidades
beijo que queria ter dado um jeito de ter beijado
grinalda velha envolta em poema simbolista
noivados com a vida
crônicos como precoces reumatismos
da usura do mundo mais me custa
o que nunca vou dizer
melhor o mundo quando eu tinha uma caixinha
com botões pontas de lápis lencinhos
flores mortas entre retratos de bailarinas de circo
eu era melhor mais prático menos confuso
e a tristeza uma atração na vida boba
que me distinguia como moço

                                                                           Igor Zanoni

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