terça-feira, 5 de maio de 2015

Os caminhos do bom Deus

nas antigas crônicas de Plínio Marcos havia uma insistência em denunciar as escabrosas situações vividas por tantos, ou por todos nós, como apenas aquilo que ele conseguia pescar com seu pequeno puçá em um riacho de águas barrentas. ou seja, ele dizia expressamente dos limites a que estamos submetidos para conhecer a vida de cada um e de nós todos, porque esse conhecimento tem a ver com nossa posição na sociedade e com o poder a que estamos sujeitos nela, por mais que queiramos denunciar essa sujeição e esse poder. a vida social é bastante opaca, insistia, e tudo que podemos fazer é viver, com paixão e indignação, os estranhos e pouco claros caminhos do bom Deus, em uma sociedade que abomina quem percorre tais caminhos, em especial dessa maneira.


                                                                 Igor Zanoni

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