Palácio da lua
é preciso perceber onde nos movemos
qual o nosso referencial
em que momento somos implausíveis
mas mesmo assim atores de nossa vida
estranhos quase morrendo à míngua muitas vezes
mas por impossibilidade própria e intransferível
e nesse momento poder ouvir
o que ouvimos de quem não se espera
saber reconhecer onde finda o nosso continente
e começa o oceano que nos barra
até aí vai o nosso mapa
percorrido com todo corpo
e no corpo inscrito
como perspectiva histórica mas também
como exaustão dessa perspectiva
esta é a nossa face da lua
e nosso lugar no mundo
Igor Zanoni
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