na história oficial do Brasil segundo a ótica do
Império, escrita por Varnhagen, Tiradentes surge como um fanático eloquente que
convence por breve tempo figuras dignas e insuspeitas como Cláudio Manuel da
Costa e Tomás Antonio Gonzaga. a aceitação de que a Independência foi uma luta política vencida pela Corte portuguesa
contra os inconfidentes inspirados nos federalistas americanos ou contra a
revolução no Nordeste com inspiração francesa a rigor só foi estabelecida no
século XX. mas já no início da República o livro dedicados às revoluções
brasileiras do grande crítico de arte,
autor do romance Mocidade Morta e pensador com pendores anarquistas, Gonzaga
Duque, traz páginas que repõem e inclusive mitificam o significado histórico do
herói mineiro, antecipador do ideário republicano que ele próprio possuía. isto
também é história sabida, mas ainda hoje os professores de história são vistos
quase como professores de educação moral e cívica, e mal podem levar a sério
seu trabalho nas escolas.
Igor
Zanoni
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