domingo, 13 de dezembro de 2015

Malagueña

quando Agnaldo Rayol aparecia em um programa para cantar outra vez Malagueña como, supostamente, o próprio Orlando Silva se a isto se decidisse, eu lembrava logo de Roberto Carlos e do seu maior hit “Quero que vá tudo pro inferno”, a canção que mais gritei o dia todo, em especial na acústica do banheiro. depois deixei de lado o Rei, e João Gilberto mostrou que uma grande voz até atrapalha uma grande execução, o que Caetano adorou aprender. aliás, quando apareceu Caetano, tornei-me súbito um empedernido tropicalista. claro que gostei muito de Chico Buarque, mas nunca fui tão refinado a ponto de entender bem seu imenso songbook, talvez porque não fosse também muito “politizado” nos anos sessenta e início dos setenta. eu era e sou mesmo mais pop, mas ninguém pode ser o que não é, uma frase que ouvi de um amigo e guardei como uma lição de imensa sabedoria.


                                                                               Igor Zanoni

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