domingo, 1 de maio de 2016

No País dos Pinhões


nos últimos tempos ­­- tempos, muitos afirmam, de grandes revelações e arrebatamento ­­­­- o país dos pinhões veio a tornar-se para muitos a república que por aqui nunca houve, e santuário de cívicas virtudes, retidão moral, decência, probidade, que prometem guiar-nos a novos céus e nova terra. não posso deixar de recordar o aforisma do venerável Tao Te King, “quando se esquece o Tao florescem as virtudes”, pois a naturalidade gentil do mundo cede lugar a uma cívica incerteza e geral animosidade, amparada nos braços da justiça que talvez prometa mais do que conviria. mas os que vivem a vida miúda do país jamais sonhariam com tudo isso, sua vida é árdua como a de qualquer habitante da república que nunca tivemos, e talvez pouco esperem, pouco saibam, ainda que muitos torçam muito, ainda mais que pelo Atlético, o Coxa ou o Paraná.


                                                                            Igor Zanoni

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