sexta-feira, 1 de abril de 2011

Hedonismo


Hedonismo

Falando sobre a não renovação do contrato de P H Ganso com o Santos, o colega Elano disse que apesar de estar com os olhos no Santos, Ganso pode mesmo ser negociado com a Inter de Milão no meio do ano. Se surgisse uma boa oportunidade para ele mesmo, Elano, e o Santos, também seria negociado. Futebol é negócio, concluiu. Também a doce e virginal Sandy fez uma campanha de cerveja chamada Devassa, para espanto dos seus fãs que curtiram suas músicas em festas de aniversário. Claro, aparência é negócio. Pode-se trocar a pele, ou a imagem que não se distingue da pele. Tanto é que no carnaval na Sapucaí todo mundo que aparece diariamente na imprensa e nos noticiários do Yahoo, Sandy, Ronaldinho gaúcho, Giselle Bundchen e por aí afora estava lá, para ser visto mais uma vez. Carnaval é negócio, moda é negócio, música é negócio, o que não é negócio? O que não está à venda. O ceticismo popular sempre diz que tudo tem seu preço. No serviço público também qualquer posição é uma ponta de lança para ganhar por fora, na política tão achincalhada pelo povo idem. Político é tudo igual, diz-se, só querem saber do seu. Restam lugares no mundo onde não se fala de negócios: os raros que não querem nada, desapegados de muitas raízes, soltos da vida que se desprende como uma bolha ilusória. O mundo é negócio. Vendemos o mundo entre nós, devem reconhecer os grandes gananciosos. Estão se lixando para o mundo. Estão se lixando para tudo. Apenas usam tudo para explorar adolescentes, política, paixões populares como o futebol, acho que o emblema da atualidade é Berlusconi, esse hedonista licencioso. Nossa! Que crise a minha!

                                                       Igor Zanoni

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