sábado, 26 de julho de 2014

Gandhi


Tornei as mais significativas pessoas de quem ouvi explicações com preciso sentido a ser descoberto. Lembro-me de Alberto Bianconi dizer com carinho: “Há coisas de que não se pode defender”. É claro, e nem sempre são sabidas. Pertencem aos nossos desvãos, aos nossos porões cheios de pólvora. Uma mulher casada com um homem que ama quebra a sala, rasga lençóis e se sufoca. A inutilidade de espantos que se seguem só indica nossa fragilidade, que nunca sabemos bem onde está. Mas as defesas podiam ter sido construídas, quem sabe. Não só por esta mulher, aliás, nunca somente por ela. Nós podemos sim entrar em crises como a desta mulher, amanhã, hoje à noite. Perceber isto lembra como é tão importante saber por quem os sinos dobram e agir de acordo com esta sabedoria. Isto eu pude entender em Gandhi, entre outros.

                                                        Igor Zanoni

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