Tornei as mais significativas pessoas de quem ouvi explicações
com preciso sentido a ser descoberto. Lembro-me de Alberto Bianconi dizer com
carinho: “Há coisas de que não se pode defender”. É claro, e nem sempre são sabidas.
Pertencem aos nossos desvãos, aos nossos porões cheios de pólvora. Uma mulher casada
com um homem que ama quebra a sala, rasga lençóis e se sufoca. A inutilidade de
espantos que se seguem só indica nossa fragilidade, que nunca sabemos bem onde
está. Mas as defesas podiam ter sido construídas, quem sabe. Não só por esta
mulher, aliás, nunca somente por ela. Nós podemos sim entrar em crises como a
desta mulher, amanhã, hoje à noite. Perceber isto lembra como é tão importante
saber por quem os sinos dobram e agir de acordo com esta sabedoria. Isto eu
pude entender em Gandhi, entre outros.
Igor Zanoni
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