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dizem que os bons escritores se distinguem por
comunicar nossas próprias impressões da vida, por seus textos, mas ao mesmo
tempo por sua história pessoal, características de sua sociedade e atitudes diante
delas, além de muito de indizível que também nos oferecem. há autores que podem
ser queridos e compreendidos, mas isso se liga ao tempo do leitor, à sua
geografia e à história social da sua sensibilidade, como fica tão claro nos
escritores de uma velha rússia tão brasileira.
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li em uma biografia de dostoievski que seu pai possuía
uma sensibilidade mórbida e freud em um texto famoso vê um traço masoquista no
próprio escritor. pergunto se há ainda uma sensibilidade que não seja em alguma
medida mórbida, tema que inquietou macalé quando criou uma música marcada pela “morbeza
romântica” e que tanto nos revelou a nós mesmos, em certo tempo e lugar.
Igor Zanoni
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