nos promissores anos vinte, oswald de andrade, entre
outros, decidiu por um fim ao “lirismo comedido” e escravocrata ainda característico
da poesia brasileira. contra tudo isto escreveu o lapidar: “amor/humor”.
filiou-se ao recém fundado partido comunista do brasil, onde encontrou aversão
por uma poética que não seria supostamente compreendida pelas massas e não
poderia assim se tornar agente da revolução no país . oswald respondeu com sucinta
elegância : “ um dia as massas vão comer/ o biscoito fino que fabrico”. ele foi
nosso brasileiro vielímir maiakovski. muito novo comprei o “poesias reunidas
oswald de andrade” e mais tarde lembrava estes poemas com geraldo e renato, discutindo
balanço e perspectivas no limiar da nossa vida adulta.
Igor Zanoni
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