quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Julio César

aos nossos dezoito anos renato cury me apresentou ao jazz, do qual eu era quase inocente. ele gostava muito de um bebop chamado “heart is the beat that moves the world”, não me lembro se de thelonious monk ou milt jackson ou quase isso. mais tarde na vida procurei de novo o bebop e descobri centenas de músicas com esse mesmo título, que é um achado ao mesmo tempo que um pouco óbvio. quando a stéfanie esteve em curitiba em dezembro, depois de ouvi-la por um bom tempo eu conclui a conversa: “ é amor, stéfanie, é muito amor”. e lembrei para ela o bebop do renato. mas ela deu uma risada: “ só o seu inglês não está muito bom...”. eu tenho certeza de que não falo o inglês convincente de um economista, aliás nunca tentei parecer um economista convincente. mas minhas letras clássicas permitiram que eu tivesse a presença de espírito de júlio césar para pelo menos pensar: “tu quoque stéfanie? “


                                                           Igor Zanoni

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