aos nossos dezoito anos renato cury me apresentou ao
jazz, do qual eu era quase inocente. ele gostava muito de um bebop chamado “heart
is the beat that moves the world”, não me lembro se de thelonious monk ou milt jackson
ou quase isso. mais tarde na vida procurei de novo o bebop e descobri centenas
de músicas com esse mesmo título, que é um achado ao mesmo tempo que um pouco
óbvio. quando a stéfanie esteve em curitiba em dezembro, depois de ouvi-la por
um bom tempo eu conclui a conversa: “ é amor, stéfanie, é muito amor”. e
lembrei para ela o bebop do renato. mas ela deu uma risada: “ só o seu inglês
não está muito bom...”. eu tenho certeza de que não falo o inglês convincente
de um economista, aliás nunca tentei parecer um economista convincente. mas
minhas letras clássicas permitiram que eu tivesse a presença de espírito de júlio
césar para pelo menos pensar: “tu quoque stéfanie? “
Igor Zanoni
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