sábado, 13 de junho de 2015

Rir é o melhor remédio

Para fugir dos medicamentos que a indústria farmacêutica multiplica aos borbotões, caros e com um infinitos efeitos colaterais, passei a consultar a cada três meses meu antigo médico homeopata, espírita e quase milagreiro, dr. Mário Nogarolli. Os medicamentos precisam, é claro, ser manipulados por um bom laboratório e depois de ter muito trabalho com horários das entregas e com os preços que também andam subindo na medicina dita alternativa, encontrei uma pequena farmácia perto da reitoria, bem no meu caminho diário. Acabei criando uma rotina de mandar fazer frascos sem fim de grafiti  e arnica e comprimidos na dosagem adequada de vitaminas e magnésio. Tornei-me mais disposto, as gripes de Curitiba rarearam e se tornou prazeroso entrar ali, conversar um pouco e beber um chá colocado ao lado do balcão. Também passei a aproveitar ofertas de batom para presentear minha neta e perguntar por outros produtos como sabonetes de glicerina ou comprimidos de gingko biloba. Mas meu encanto se derreteu na semana passada quando entrei para perguntar se podiam repetir sem receita um medicamento que havia tomado há algum tempo. Senti a loja diferente sem atinar o motivo e depois de conversar com uma moça ruiva sobre o que eu queria quase gritei sem perceber o que fazia: -” Cadê aquela morena que me atende sempre?”. A moça respondeu: “Ela não trabalha mais nesta loja, foi para a nossa matriz”. Ficou claro que a homeopatia não é tão boa quanto eu sonhava.

                                             Igor Zanoni

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