quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Campinasararaquara

a tarde se comprimia no cubo da nossa copa mapeada pela grande geladeira vermelha a mesa de fórmica e o piano o sol na janela que dava para o lado do quintal onde se estendiam as roupas lavadas tarde sólida abafando qualquer iniciativa que nem tínhamos qualquer impossível conversa minha mãe e eu sentávamos e nossa mudez era tédio impossibilidades que não desvendávamos espera desespero na campinas que percebi como a araraquara de dentes ao sol de ignácio loyola mais tarde quando já havia aprendido a reconhecer no papel tantos outros prisioneiros nas cidades infindáveis do interior de são paulo  tantos outros coágulos de desperdício e inutilidade


                                                                         Igor Zanoni
                                                               

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