sexta-feira, 15 de julho de 2011

Finitude

Finitude

não percebemos o infinito
o absouto
como humanos entendemos
o que está aí
o que passa
como vem como se transforma
como finda
mas a própria extinção mal compreendemos
nem o surgimento primordial
mesmo nos limites nossos
nos enganamos
fazemos hipóteses tecemos axiomas
usamos a razão com disciplina
quando é preciso
quando não nos equivocamos
e este é um modo de sentir
nosso jeito secreto
que surge em sonhos ou paixões
nas nossas incongruências
pode a vontade ter razão?
então curvemos nosso corpo ao sol
a ele pertencemos
e aos elementos
a dureza da terra
a maleabilidade da água
a inquietude do ar
e assim como os bichos e as plantas
somos esse corpo
que vai e logo finda


                                            Igor Zanoni

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