Mudar o mundo
Em uma distante aula na minha graduação, um professor falou sobre a incoerência entre o que chegamos pelo conhecimento intelectual e o que podemos viver. É um paradoxo próprio da nossa fragilidade e das nossas circunstâncias, próprio, portanto da nossa “humanidade”. Entretanto, muito depois ouvi um mestre budista dizer que a compreensão real ocorre quando nos transforma. Se alguém, ilustrou, aprende que fumar traz danos à saúde e continua fumando, ele não compreendeu realmente o que significa fumar. Achei esse pensamento um pouco iluminista, como se fossemos donos de nossas condições internas. Mas o budismo é um caminho de salvação e, nesse sentido, não há coerência nem possibilidade de compreender algo senão através de transformação pessoal e das nossas condições, de como as vemos ou de como damos nascimento a nós mesmos no mundo. É difícil de treinar, muito difícil de alcançar, mas não pode ser de outro modo. Lembrei a parábola do semeador, que lança sementes muitas vezes entre pedras e não medram. Somos sementes de que? Lançamo-nos para o futuro apoiados em uma linhagem e em uma tradição. Assim funcionam as religiões. Essa é a sua força e seu apelo. Mas mesmo assim se é tentado pelas contradições e não nos sentimos bem. Mas todos agora estamos diante da necessidade de mudar o mundo e nossa mente, energia e ação, por mais que pareça utópico, mesmo que não sejamos religiosos.
Igor Zanoni
...eu penso assim por minhas próprias experiências, só mudamos quando entendemos porque devemos mudar...
ResponderExcluirCriei meus filhos e a mim mesma dessa forma....
Velhinha tranquila rs